PATERSON - O FILME
indicado. vale a pena! Um delicioso suspense!
Paterson é um filme pequeno, modesto, que celebra a vida também ela pequena e modesta de seu protagonista e da cidade em que ele vive. É nessa aparente mesmice cotidiana, e no que se faz dela, que estão a beleza e o interesse de existir, defende Jim Jarmusch. Na década de 80, quando estourou no cenário independente, Jarmusch era uma espécie de enfant terrible, que construía filmes como Daunbailó e Estranhos no Paraíso em torno de tipos que não se encaixam. Jarmusch era, também, uma destilação do espírito que então se associava a Nova York, do alternativo e do inconformista. Vai ver que é por tudo isso ter virado meio fake, mais pose do que substância, que Jarmusch não se inspira mais em Nova York. Em Flores Partidas, de 2005, ele pôs Bill Murray para cruzar o país em busca de suas ex-amantes. Os Limites do Controle, de 2009 (uma bola fora daquelas na carreira do diretor) se passava na Espanha. O delicioso Amantes Eternos, de 2013, se alternava entre Tânger e Detroit para contar a história de um casal de vampiros já meio enfadados com a imortalidade. Mas inspiração de verdade, para valer, ele encontrou de novo agora, na adormecida Paterson, com suas fábricas antigas de tijolos e suas vielas, e na honestidade e sensibilidade autênticas, sem adornos nem presunção, de Adam Driver.
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Indicações: Palma de Ouro, Prêmio do Júri, Grand Prix,
Paterson é um filme pequeno, modesto, que celebra a vida também ela pequena e modesta de seu protagonista e da cidade em que ele vive. É nessa aparente mesmice cotidiana, e no que se faz dela, que estão a beleza e o interesse de existir, defende Jim Jarmusch. Na década de 80, quando estourou no cenário independente, Jarmusch era uma espécie de enfant terrible, que construía filmes como Daunbailó e Estranhos no Paraíso em torno de tipos que não se encaixam. Jarmusch era, também, uma destilação do espírito que então se associava a Nova York, do alternativo e do inconformista. Vai ver que é por tudo isso ter virado meio fake, mais pose do que substância, que Jarmusch não se inspira mais em Nova York. Em Flores Partidas, de 2005, ele pôs Bill Murray para cruzar o país em busca de suas ex-amantes. Os Limites do Controle, de 2009 (uma bola fora daquelas na carreira do diretor) se passava na Espanha. O delicioso Amantes Eternos, de 2013, se alternava entre Tânger e Detroit para contar a história de um casal de vampiros já meio enfadados com a imortalidade. Mas inspiração de verdade, para valer, ele encontrou de novo agora, na adormecida Paterson, com suas fábricas antigas de tijolos e suas vielas, e na honestidade e sensibilidade autênticas, sem adornos nem presunção, de Adam Driver.
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Paterson
é um motorista de ônibus da cidade de Paterson, Nova Jersey - eles têm o
mesmo nome. Diariamente, o homem repete uma rotina simples: dirige sua
rota, observando a cidade que se revela pela janela e ouvindo fragmentos
de conversas que o rodeiam; escreve poesias em um caderno; passeia com o
cachorro; para em um bar, bebe uma cerveja e,
depois, volta para casa para encontrar a esposa, Laura. Ao contrário do
marido, o mundo de Laura está sempre mudando. Ela tem novos sonhos todos
os dias. Paterson apoia as ambições dela; ela encoraja o talento dele
para a poesia. O filme observa silenciosamente as vitórias e derrotas da
vida cotidiana, e a poesia que se evidencia nos pequenos detalhes.
Data de lançamento: 20 de abril de 2017 (Brasil)



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