A INVENÇÃO DO AMOR

or Paula Lacerda

Um Homo sapiens se apaixona por uma mulher de Neandertal, e então começa uma história de amor que se dá há milhares de anos, mas que poderia ser nos dias atuais, carregada das empolgações do início e crises do meio do caminho, entre manifestações de ciúme e inconformismos com relações sexistas. A trama é a base da comédia “A invenção do amor”, que estreia no Teatro do Leblon e traz Guilherme Piva e Maria Clara Gueiros como Croc e Nhaca, o casal que teria “inventado o amor”. Ou, na ficção escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão e dirigida por Marcelo Valle, a relação de casamento monogâmico.

Na peça, cada etapa do relacionamento traz referências a um casal famoso da humanidade: está lá, no início de tudo, um diálogo de Romeu e Julieta, de Shakespeare. Croc, que se acha no direito de ter várias mulheres, assume a persona de Salomão. A personagem Lisístrata, de Aristófanes, é lembrada na greve de sexo que Nhaca impõe ao marido. E a apimentada na relação é proposta pelos então “Croc Grey” e “Nhaca Anastasia”, numa brincadeira com o livro “Cinquenta tons de cinza”. 

— O fetiche, o machismo, a parte amorosa da vida se repete com o passar dos tempos. A evolução do amor se dá a partir de uma busca pessoal por evoluir, para viver a dois — diz Guilherme Piva.

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